quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Uma vida num mundo real

Esse texto que tentarei redigir agora gostaria de mostrar para meus filhos/netos.

A alguns anos atrás fiz esse blog, a alguns anos atrás pensei que havia amado, ou que estava amando, a alguns anos atrás me considerava infeliz, confusa, destemida, feliz, corajosa, astuta. Acreditava em vida após a morte, acreditava que as pessoas eram boas por essência, eu amava viver meu 'conto de fadas'.

E hoje em dia, quem é a Martha? O que a Martha vê? O que ela sente? O que pensa a Martha de hoje sobre a Martha de alguns anos atrás?


  • Respondendo:
A Martha de hoje pensa que a Martha de anos atrás estava certíssima, não devemos pular etapas em nossas vidas, temos momentos que errar é preciso, para que possamos enxergar o caminho correto. Ela estava certa também quando se considerava:  infeliz, confusa, destemida, feliz, corajosa, astuta, ela realmente era tudo isso. Aliás, somo tudo isso, todos nós! 
Quanto a vida após a morte apenas vou acrescentar que além disso agora ando acreditando em morte durante a vida, muito mais triste e interessante de se imaginar como seria isso. Tenho grandes exemplos disso. É de se comover!
Tem duas das colocações acima, que a Martha de hoje discorda da Martha de anos atrás:
Não acredito na bondade das pessoas por essência, muito pelo contrário, acredito que crianças tem a perversidade de nascença.
E a outra coisa é que eu amava viver o meu conto de fadas, hoje eu amo meu mundo real, como todos os defeitos dele, com todos os atropelos, mas é o meu mundo o verdadeiro, o que quero colocar para frente. Gosto tanto do meu mundo real que meio que faço dele um casulo para que esse não seja afetado. Gosto tanto da pessoa que estou que tenho medo de assumir isso a mim mesma, estou incapaz de julgar que seja amor. Estou dando uma chance para a vida me mostrar que ela tem muito mais a me oferecer do que já ousei a permitir. Estou me sentindo verdadeira, sem pressas, sem cobranças.

São tantos os questionamentos que a Martha de anos atrás teria para fazer a Martha de hoje em dia, todavia a Martha de hoje em dia tem apenas um questionamento a fazer para a de anos atrás:
Será que as feridas e cicatrizes valeram a pena, elas te fizeram uma mulher melhor?

Não sei quem responderá essa questão, nem sei se algum dia ela será respondida. Tenho esperanças que para alguma coisa tudo o que passei valeu a pena, as coisas boas, as ruins, as estranhas, as esquecidas e principalmente as que nunca mais voltarão.

Algum dia, gostaria de voltar a esse blog para editar esse texto com a continuação.

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